Para Globo é simples: sem preferência, menos grana
Antes de o Ministério Público Federal indicar prática de cartel no contrato entre Clube dos 13 e Globo, a emissora discutia o fim da cláusula que lhe dá preferência na renovação mexendo no bolso dos cartolas. Em conversas com dirigentes dos clubes, a emissora tratou do tema com um raciocínio simples. Ter o privilégio de igualar outras ofertas vale dinheiro, e ela sempre esteve disposta a pagar por isso. Se os dirigentes não querem mais ter essa receita, como anunciaram antes da decisão do MP, ela vai oferecer menos do que pagaria para manter a vantagem.
A cláusula de preferência é um dos principais problemas apontados pelo Ministério Público Federal. Antes de o órgão tomar sua decisão, o C13, que acompanhava a investigação, anunciou às emissoras e aos times que retiraria a preferência do próximo acordo.
O comunicado foi feito depois de o diretor-executivo do C13, Ataíde Gil Guerreiro, do São Paulo, defender o fim do direito de preferência no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A defesa foi feita neste ano, quando o cartola foi chamado para falar ao Cade, que já tinha acionado o MP.
Guerreiro defende o fim da preferência, até então sempre aceita pelo C13, alegando que ela assusta a concorrência já que basta para a Globo igualar qualquer oferta feita por outra emissora.
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