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Preferência da Fifa por parceiros comerciais ajuda a explicar Itaquerão

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13/06/2011 16h53

Reportagem da Folha de S.Paulo publicada nesta segunda mostra que a Fifa induz os responsáveis pelos futuros estádios da Copa a contratarem como fornecedores parceiros comerciais da federação internacional. Há pelo menos um caso em que a escolha de quem não é parceiro só é possível se for paga uma taxa extra. Esse procedimento da Fifa é um dos fatores que tornam o projeto do Itaquerão mais atraente para ela no Mundial. O corintiano Andrés Sanchez é um dos melhores amigos de Ricardo Teixeira. Aceitar as indicações da Fifa, abençoadas pelo presidente da CBF e do Comitê Organizador, não é problema para o dirigente alvinegro.

Agora, imagine Juvenal Juvêncio, desafeto histórico de Teixeira, sendo induzido a firmar acordos com parceiros da Fifa para o Morumbi. Seria com andar num campo minado.

Além disso, construir um estádio gera muito mais oportunidades de negócios do que uma reforma não tão radical quanto a proposta por Juvenal.

A futura arena corintiana também é mais vantajosa para a Fifa em termos comerciais do que um estádio municipal, como chegou a ser cogitado pela prefeitura. As obras de uma arena pública teriam que seguir editais de licitação para a compra de materiais, dificultando a contratação de parceiros da federação. O estádio privado não tem esse entrave.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.