Santos define regras para novo técnico
O Santos ainda não definiu quem será o substituto de Dorival Júnior, mas já sabe qual a cartilha que ele terá de seguir. Após o atrito com o ex-treinador, a diretoria quer um técnico que aceite dividir as decisões com os cartolas e que tenha menos homens de confiança na comissão técnica. Veja quais são os cinco principais mandamentos que o futuro contratado terá de seguir:
Saber ouvir a diretoria
Ao contrário de Dorival, que não atendeu aos patrões no caso Neymar, seu substituto ouvirá que as decisões no clube serão tomadas em conjunto por dirigentes e comissão técnica. "Todos participarão das definições, mas isso não quer dizer que vamos nos meter na escalação do time", disse Pedro Luiz Nunes Conceição, diretor de futebol do clube.
Não exigir contratações
"A gente não quer um técnico que chegue aqui e diga: com esse time não dá para trabalhar, precisamos contratar esse, contratar aquele", explicou o diretor de futebol. Nem pensar em contratações caras.
Não acumular funções
O Santos quer um técnico que se preocupe apenas em treinar o time. Nada de negociar diretamente com jogadores, controlar as categorias de base, cuidar de outras áreas. Enfim, o clube não procura um manager. Então, Vanderlei Luxemburgo, degolado no Galo, está mesmo descartado. "Ele se descartou, disse que com essa diretoria não trabalharia", cutucou o diretor de futebol.
Não trazer sua própria comissão técnica
Dorival Júnior levou para a Vila Belmiro um auxiliar-técnico e um preparador físico de sua confiança. A diretoria crê que ele foi aconselhado pelos dois a barrar Neymar do jogo com o Corinthians. Conclusão: seu substituto só poderá trazer um auxiliar-técnico. O preparador físico será Ricardo Rosa, que era coordenador de preparação física. Assim, o treinador terá menos influência sobre a comissão técnica, pois contará só com um homem de confiança. O Santos economizará dinheiro e terá mais profissionais adaptados à sua estrutura.
Não ser contra o Pacaembu
Os cartolas não querem que o próximo técnico bata o pé para jogar na Vila Belmiro, alegando que a pressão sobre os adversários lá é maior. Parte do Conselho Deliberativo é contra os jogos na capital, mas a diretoria quer aumentar o número de partidas no Pacaembu. Sustenta que em São Paulo as rendas são melhores.
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