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Sub judice, nova eleição de Juvenal incentiva racha na diretoria

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20/04/2011 23h12

Caso derrote a oposição na Justiça e faça valer sua nova e polêmica vitória nas urnas, Juvenal Juvêncio terá como um de seus desafios manter a diretoria unida, principalmente depois do primeiro ano da nova administração.

A decisão do presidente são-paulino de forçar seu terceiro mandato sufocou os poucos que desejavam se candidatar agora. Tiveram que adiar o sonho por três anos. Só que o projeto deles vai atravessar os planos de gente mais jovem, que se programou para disputar a próxima eleição.

Assim, dentro da própria diretoria existirão diferentes pré-candidatos, o que representa chance constante de atritos. Entre os que gostariam de se candidtar agora está o vice de futebol Carlos Augusto de Barros e Silva.

Júlio Casares, vice de marketing, é um dos membros da  ala jovem e deve despontar como candidato. É a mesma situação de Marco Aurélio Cunha, que se desligou da diretoria no início do ano, deixando o cargo de superintendente remunerado, mas votou em Juvenal.

Falta muito tempo para a próxima eleição. Mas a necessidade de cada pré-candidato de se firmar como o sucessor natural do atual presidente sugere uma convivência difícil entre eles. É provável que quem se sentir preterido crie um novo grupo de oposição, já que o atual respira por aparelhos.

Outro fator pode encorajar deserções no grupo de Juvenal quando a eleição estiver mais próxima. É o iminente julgamento de uma antiga ação movida pela oposição a favor de os sócios votarem. Entre os associados a influência do presidente é menor do que no Conselho Deliberativo.

O voto dos sócios seria secreto. No Conselho, as cédulas são nominais, o que dificulta traições e ajuda a explicar o motivo para muitos situacionistas votarem em Juvenal apesar de serem contrários ao terceiro mandato.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.