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Verdão tem 2 investidores para trazer o '9' e não consegue. Loco Abreu foi descartado

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22/02/2011 09h53

A dificuldade do Palmeiras em contratar o camisa 9 pedido por Felipão passa pela falta de dinheiro para pagar em dia altos salários ao reforço. Porém, o problema  maior, segundo cartolas do clube é encontrar "o cara".

Além da Traffic, conselheiros conseguiram um novo investidor disposto a ajudar na contratação. Nos dois casos, o Palmeiras teria que pagar os salários. Uma longa lista de nomes foi discutida com os parceiros, porém nenhum deu certo. Principalmente por serem caros demais e não se encaixarem no perfil de quem vai colocar dinheiro esperando lucrar na revenda.

Um dos casos mais recentes é o de Loco Abreu. Um dos cartolas envolvidos na busca por um matador disse ao blog que financeiramente a contratação era viável. Mas a própria comissão técnica teria alertado para os riscos do negócio, pois trata-se de um jogador sem poder de revenda.

Grafite também foi estudado e considerado caro. Custaria cerca de 8 milhões de euros, 4 milhões a menos do que Viatri, do Boca Juniors. Há pelo menos mais um argentino, que tem o nome mantido em sigilo, sendo analisado pela diretoria. Não joga no Boca e nem no River.

Os dirigentes dizem que Felipão se empenha na busca. Reservadamente, reclamam que nem o treinador foi capaz de achar um nome viável. Todos tem algum empecilho.

Se há a algo de positivo na demora para reforçar o ataque, é o aspecto  financeiro. Elenco e folha de pagamento já perderam gordura. Só jogadores encostados não receberam em dia os salários de janeiro. Deve ter sido um estímulo para trocarem de clube. Vítor, por exemplo, aceitou um acordo para receber luvas atrasadas em 30 vezes.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.