Comissões pela compra de Valdivia sufocam Palmeiras
É praxe no futebol os clubes pagarem comissões a agentes quando vendem seus jogadores. Mas na compra de Valdivia pelo Palmeiras aconteceu o contrário. Pelo menos três pessoas cobram porcentagens pela concretização do negócio. Segundo um dirigente do clube, mais dois credores vão aparecer. O caso tem potencial para virar um imbróglio jurídico e uma crise administrativa.
A comissão que mais incomoda os dirigentes é a de um advogado, que cobra pelo menos R$ 200 mil por ter assessorado o presidente Luiz Gonzaga Belluzzo. Ele ajudou a fazer o contrato pelo qual o conselheiro Osório Henrique Furlan Júnior comprou parte dos direitos do chileno.
Belluzzo tocou o negócio sozinho, por isso ninguém no clube sabia da comissão. Só agora o caso chegou à diretoria de futebol, que é contra o pagamento. O imbróglio pode gerar uma ação na Justiça por parte do advogado.
A contratação de Valdivia ficou ainda mais cara porque o Palmeiras recrutou o agente Rodolfo Forte Neto, que foi para Alemanha com Marcelo Solarino, diretor de relações internacionais, tratar da compra. "Ele estava autorizado pelo presidente do clube a representar o Palmeiras porque tem bom trânsito com dirigentes dos clubes árabes. É o único intermediário autorizado", disse ao blog Solarino.
Outra comissão a ser paga pela operação é para o pai de Valdivia, que atuou como procurador do jogador. O clube parcelou a dívida e pagou até agora 30% do valor. "A Fifa diz que o agente do jogador tem direito a uma remuneração por acertar o contrato do atleta. Nós fizemos um acordo e aceitamos pagar essa comissão no lugar do Valdivia", explicou Solarino.
Francisco Campizzi Busico Júnior, diretor financeiro do Palmeiras, diz só ter conhecimento das comissões a serem pagas ao pai de Valdivia e a mais um empresário. Pelo tom dos dirigentes que tiveram acesso aos pedidos de pagamento de comissões, a história ainda vai dar muito pano para a manga.
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