O gol de honra do Brasil contra a Fifa
O pacote de isenções fiscais para a Fifa, que ainda aguarda aprovação no Congresso Nacional, está desfalcado apenas de dois importantes pontos exigidos pela federação internacional e recusados pelo governo.
Um dos motivos que impediram uma vitória completa da Fifa foi a decisão do governo de impedir ganho de capital da entidade no Brasil sem o pagamento de impostos. A controladora do futebol mundial queria o direito de, por exemplo, fazer aplicações no país, antes ou durante a Copa de 2014, obter lucros e não pagar impostos. Ou comprar um imóvel três anos antes do Mundial e vendê-lo depois da Copa, também sem pagar taxas referentes ao lucro. A Receita Federal bateu o pé até o fim contra o privilégio.
O veto foi explicado pacientemente ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, em uma de suas vindas ao Brasil.
O governo também fez um retoque na isenção de impostos para importações envolvendo a organização do Mundial. Agora, equipamentos que entrarem no país sem pagamento de taxa terão de sair depois da Copa. Se ficarem, o imposto será cobrado.
O temor era o de que equipamentos isentos de impostos fossem repassados a empresas brasileiras depois do Mundial. A isenção total só vale para o que for usado na construção dos estádios.
Estudo feito pelo Governo Federal mostra que a Fifa exigiu muito mais do Brasil do que da Alemanha na Copa de 2006.
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