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"Farei o possível para Luís Fabiano voltar ao Brasil", diz agente

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10/01/2011 18h28

Entrevista com Jose Fuentes, empresário de Luís Fabiano. Ele afirma que até o início da próxima semana o Sevilla vai decidir se aceita a proposta de um clube brasileiro pelo atacante.

  Evolui a negociação do Internacional com o Sevilla pelo Luís Fabiano?

Não. Foi uma oferta por empréstimo. Primeiro de 500 mil euros, depois subiram para 650 mil euros. Só que o Sevilla não quer emprestar, só aceita vender.

Existem ofertas de clubes interessados na compra?

Temos uns três interessados. Um deles do Brasil. É uma proposta interessante, mas acho que ainda não chega no que o Sevilla quer.  Precisamos definir essa situação rapidamente, espero que a gente tenha uma solução até o começo da próxima semana. Não vou falar qual é o clube brasileiro. Mas acho que dentro de uns dois dias todos vão saber quem é. Isso vai ser divulgado.

Você já disse acreditar que o Sevilla aceite vendê-lo por 9 milhões de euros. Essa situação mudou?

Não. A multa é de 20 milhões de euros, acho que eles vão querer algo entre 9 e 12 milhões de euros.

Mas é muito dinheiro para um clube brasileiro.

Olha, gostaria que ele voltasse ao Brasil agora. Vou fazer o possível para ele voltar. Está na hora de voltar e encerrar a carreira em casa. O Brasil está passando por um momento diferente, repatriando grandes jogadores. Infelizmente ou felizmente os salários estão muito inflacionados, í

isso atrai os atletas. Só espero que os clubes consigam pagar. Teremos uma copa do mundo no Brasil, isso também atrai. Está na hora de o Luís Fabiano voltar a ser feliz no Brasil.

Hoje, ele não está feliz na Europa?

Acho que não. São muitos anos trabalhando lá. E tem o jeito europeu de lidar com os jogadores. Eles não dão um tratamento diferenciado ao artista. Eles falam: "você é bom, vai ganhar mais do que os outros". Mas não entendem se um dia você tem um problema e precisa chegar mais tarde ao treino ou se precisa de um dia a mais de folga. Ele não tem esse carinho lá. No Brasil, os clubes são mais carinhosos com seus ídolos. Não se trata de mordomia, de privilégio, isso não funciona num time de futebol. Eu falo de carinho.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.