Nova diretoria do Palmeiras não descarta rescisões para aliviar gastos

Entrevista com Roberto Frizzo, que comandará o futebol do Palmeiras ao lado do recém-eleito Arnaldo Tirone. A conversa foi antes da votação.

Qual sua opinião sobre a equipe do Palmeiras?

 O time não é ruim, precisa de uns dois ou três reforços. Precisa estar mais motivado, precisamos acabar com essa história de não pagar jogador em dia. Eles precisam voltar a ter admiração pelo o clube. Temos que acabar com esse negócio de a diretoria colocar prazo e não cumprir. Existe um desgaste entre atletas e dirigentes, isso precisa terminar.

Para voltar a pagar salários em dia será necessário reduzir a folha de pagamento. Jogadores caros serão emprestados?

Primeiro vou conversar com a comissão técnica, com meu antecessor. Conversando você sempre aprende, nem que seja para aprender como não se deve fazer.  Talvez, em alguns casos, seja melhor pagar para rescindir o contrato do jogador em vez de pagar uma parte do salário para ele  atuar por outro clube por empréstimo.

Do que o Palmeiras precisa?

Precisamos de um time que em vez de jogar magoado com a diretoria jogue com orgulho por vestir a camisa do Palmeiras. Se eu não pago em dia, como vou cobrar algo deles? Também temos que voltar ao noticiário com noticias boas. Não como sujeito de notícias desagradáveis.

Qual a maior dificuldade?

O tempo. Ele é reduzido. Não fomos bicampeões mundiais ontem para ganhar um tempo até chegar a cobrança por um novo título. Existe um cansaço por parte da torcida pela falta de títulos. Não temos como pedir paciência para ela. Vamos ter que fazer 50 anos em 5.

E como arrumar dinheiro?

Temos que recuperar a credibilidade do clube, principalmente pagando os salários em dia. Talvez, algumas empresas que não queiram negociar com a gente agora queiram depois que recuperarmos a credibilidade.

Será necessária uma conversa em particular com Vadivia?

Vamos tomar pé da situação, vamos procurar saber o que está acontecendo.