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Estafe de Ganso quer aumento de salário sem marketing e não descarta Corinthians

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23/02/2011 10h24

Os responsáveis pela carreira de Ganso afirmam que não morreu a ideia de levá-lo para o Corinthians. Admitem que a possibilidade hoje é pequena, mas asseguram que ela aumentará se o Santos não fizer uma proposta convincente ao jogador em reunião marcada para a próxima sexta.

Esse discurso vai na contramão das últimas declarações do meia, que declarou não ter vontade de deixar o Santos e disse que seria complicado atuar pelo time do Parque São Jorge.

Seu estafe, porém, acredita ser capaz de convencê-lo a aceitar a transferência, dependendo do desfecho das negociações com o Santos. A reivindicação é por um aumento substancial no salário do jogador, sem depender de receitas de marketing. A proposta de um valor mínimo que aumente conforme os contratos de patrocínio desagrada. Isso porque, em troca, o atleta teria de dar ao clube parte do dinheiro arrecadado com os patrocinadores.

Para levá-lo ao Corinthians a estratégia seria pagar em março a multa referente ao mercado interno. Hoje, ela é de R$ 66,5 milhões, mas sofrerá uma redução de 10% no próximo mês. Nesse caso, Ganso teria que comunicar à Justiça que pagará a multa rescisória. O juiz decidiria se o depósito seria referente aos 45% dos direitos pertencentes aos Santos ou aos 90%, levando-se em conta também a parte da DIS. Ganso tem 10%.

Os agentes do jogador afirmam já terem parte do verba para pagar a multa. Um investidor topou colocar dinheiro na empreitada. Cerca de 70% da quantia viriam da própria DIS.

 Ganso seria revendido para a Europa na primeira boa oportunidade. A operação serviria só para a empresa se livrar do risco de o Santos retomar na  Justiça a fatia vendida a ela pela diretoria anterior. A administração atual alega ter sido um negócio lesivo ao clube devido ao baixo preço.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.