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Santos precisa do título da Libertadores para manter Neymar

Perrone

15/03/2011 14h00

Informalmente, o estafe de Neymar fala sobre um acordo de cavalheiros com o Santos: se vencer a Libertadores, o atacante não vai querer sair do clube, mesmo se alguém estiver disposto a pagar a multa de 45 milhões de euros. Nesse caso, promete ficar até o Mundial. Porém, se o time for eliminado da competição continental, ele estará disposto a ouvir ofertas na próxima janela de transferências.

A diretoria santista sente-se segura. Promete manter até o fim a decisão de não negociá-lo abaixo do valor da cláusula penal. Só que o Chelsea não desistiu de tentar gastar menos. Como já escrevi, o clube inglês iniciou há cerca de três meses uma conversa com a DIS para tentar comprar os 40% da empresa por um valor menor em relação à multa. Assim, teria que pagar apenas o valor referente à fatia do Santos.

Para o plano dar certo, é necessária a aceitação de Neymar. Ou seja, se ele for campeão de Libertadores, essa engenharia toda não adiantará. Por enquanto, o Chelsea tem feito a sua parte para garantir que terá o "sim" do jogador quando chegar a hora. Por isso, não para de se aproximar dele e de sua família. O elo entre as partes continua sendo o agente israelense Pini Zahavi.

O empresário irá encontrar Neymar pai em Londres, onde devem assistir juntos ao jogo da seleção brasileira contra a Escócia, no próximo dia 27. Para o estafe do jogador, um encontro normal. Pini é representante do craque na Europa. E o pai do atacante tem acompanhado os jogos do filho pelo time nacional. Então, consideram natural que se encontrem para assistir à partida. Faz sentido. Mas, por outro lado, Pini também tem procuração do Chelsea para cuidar da contratação. Nada o impede de falar um pouco de negócios durante o passeio.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.