Movimento tenta separar futebol palmeirense do clube
Foi detonada no Palmeiras uma operação apelidada por conselheiros de "Fim da dinastia do beirute". O nome é inspirado no sanduíche que é a especialidade do restaurante do presidente do clube, Arnaldo Tirone, e também da lanchonete de Roberto Frizzo, vice de futebol.
Se vingar, o movimento vai enfraquecer o poder dos dois cartolas sobre os rumos do futebol alviverde. A largada aconteceu com um abaixo-assinado para que o Conselho Deliberativo vote a criação do Conselho Gestor do Futebol. Seis dirigentes, eleitos num pleito posterior, passariam a comandar o departamento.
A cúpula do futebol teria alas independentes da gestão do restante do clube. Contaria, por exemplo, com setores jurídicos e financeiros próprios.
Se a ideia vingar, Tirone e Frizzo deixariam de concentrar o poder. É difícil falar em golpe nesse caso. Separar o futebol é um antigo desejo do grupo comandado pelo ex-presidente Mustafá Contursi. Fez parte do projeto eleitoral de Tirone. Ele afirmou que brigaria por esse sistema, se fosse eleito.
A implantação desse formato é discutida superficialmente em vários clubes, e merece um debate sério. Porém, como quase tudo no Palmeiras, ganhou um desenho político.
O movimento acontece num momento em que aumenta a pressão sobre o vice de futebol, apesar da boa fase do time. Frizzo é criticado por, entre outras coisas, ser centralizador, não conseguir contratar a maioria dos reforços pedidos por Felipão e começar a pagar comissões consideradas altas a empresários.
Recentemente, ele foi atacado no Conselho Deliberativo até por não tentar vetar árbitros que provocam alergia nos palmeirenses, como Paulo César de Oliveira. A maioria das críticas respinga também no presidente.
O grupo de Mustafá afirma já ter 40 assinaturas além das necessárias para obter a aprovação do Conselho. A missão dos conselheiros agora vai contra a natureza do cargo. Precisam analisar tecnicamente a questão, sem que ela vire munição política nas mãos dos homens-boma presentes no órgão.
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