Proposta por Tevez é grito de independência de Andrés

O Corinthians fez questão de divulgar seu interesse em contratar Carlitos Tevez. O gesto tem uma simbologia que vai além do ganho técnico que o time terá, se ele voltar.

A negociação é um recado para conselheiros corintianos e até para promotores e procuradores. Andrés Sanchez decretou a extinção do fantasma MSI, apesar de o caso ainda prosseguir na Justiça Federal. Enfim, o presidente corintiano assume uma negociação com um jogador que tem Kia Joorabchian como consultor.

O cartola passou quase que seus dois mandatos inteiros reclamando de ser o único a não poder negociar com Kia. Isso por causa da ira da oposição corintiana. Sempre negou manter tratativas com o iraniano, apesar de tratar com Giuliano Bertolluci, parceiro de Kia em vários negócios.

No fim de seu mandato, Andrés parece ter decidido falar em alto e bom som que não está nem aí para os que condenam negócios com o ex-representante da MSI. Escolher Tevez para mandar sua mensagem foi a maneira mais segura, pois garante ao dirigente a torcida como escudo.

Tecnicamente, a contratação seria perfeita. Porém, os corintianos precisam avaliar os efeitos colaterais dela. Um deles é ter no elenco um jogador tão mais caro do que os demais, fonte inesgotável de ciúmes. Além disso, seu histórico dei indisciplina transforma o argentino numa bomba-relógio. Outro problema é justamente reabrir a ferida provocada pela parceria com a MSI.