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Sem investidor, Palmeiras parcela compra de Luan em quatro anos e repete Belluzzo

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03/08/2011 17h08

O investidor interessado em comprar 50% dos direitos de Luan queria a garantia de realizar outros negócios com o Palmeiras para acertar sua participação na contratação. Parte da diretoria e a comissão técnica foram contra. Por isso, o clube se virou sozinho.

A maneira encontrada foi parcelar os cerca 3,5 milhões de euros em quatro parcelas. A primeira, à vista, no valor de 500 mil euros. As outras são de 1 milhão de euros cada, segundo os dirigentes, com vencimentos previstos para 2012, 2013 e 2014. O Toulouse (França) tem direito a uma carta de crédito. Se quiser, pode descontá-la antes das datas estabelecidas.

A diretoria, assim, encontrou uma fórmula que cabe no bolso do clube para atender a um pedido de Luiz Felipe Scolari. Porém, repetiu uma prática que criticava na gestão de Luiz Gonzaga Belluzzo. O ex-presidente contratou jogadores a prazo e deixou a conta para seus sucessores, caso de Valdivia. Com Luan pode acontecer o mesmo, já que  Arnaldo Tirone foi eleito para dois anos de mandato.

Há o risco de Luan virar um jogador rejeitado pela diretoria seguinte e pelo próximo treinador, pois o contrato de Felipão termina no fim do ano que vem.  E ainda haverá a dívida a ser paga.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.