Topo

Perrone

Corinthians e Santos tentam domar baladeiros

Perrone

18/09/2011 13h54

Adversários neste domingo no Pacaembu, Corinthians e Santos sofrem para controlar seus jogadores baladeiros. Nos dois clubes, cartolas suspeitam que alguns atletas exageram na noite e ajudam a derrubar o rendimento do time.

No Corinthians, Jorge Henrique já foi cobrado pela torcida por supostamente abusar das noitadas. Deu de ombros, disse que faz o que quer em suas folgas. Tem todo o direito.  Às vésperas do clássico, conselheiros do clube tentaram confirmar em vão a ida dos jogadores à balada sertaneja Wood´s Bar.

A casa costuma ser frequentada pelos corintianos, principalmente às quartas. Para conselheiros e alguns dirigentes, em meio à briga ferrenha pela liderança do Brasileirão, é o momento de a boleirada ser mais caseira. Pelo menos para evitar atrito com a Fiel.

Para tentar botar um freio nos notívagos, Andrés Sanchez disparou entrevistas cobrando os atletas pela queda de produção. O cartola também foi criticado internamente pois já saiu à noite com jogador.

No elenco corintiano, há insatisfeitos com os boêmios,  acusados de falta de comprometimento.

Em Santos, um sutil sinal de preocupação com a disposição noturna dos jogadores veio de Muricy Ramalho. O treinador chegou a antecipar em um dia o início da concentração, no auge dos maus resultados. É uma manjada tática dos treinadores para tirar os mais acesos de circulação.

Na Vila Belmiro, a boemia é vista como um efeito colateral da recente escalada de sucesso e poder aquisitivo de boa parte dos jogadores. Elano está entre os considerados mais festeiros.

Num ponto, as histórias de santistas e corintianos se encontram. Depois de abrir as portas das mais caras baladas paulistanas para os alvinegros da capital, Ronaldo faz o mesmo com os do litoral desde que se aproximou profissionalmente de Neymar e Ganso.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.