Craque em articulações, ministro sai acusado de traição por São Paulo e CBF
Em sua gestão no ministério do Esporte, Orlando Silva Júnior revelou-se especialista em articulações políticas e até mesmo com o setor privado. Com uma agenda de eterno candidato, frequentou da concentração da seleção em Copa do Mundo a campos de várzea.
Sua capacidade de fazer amigos estendeu as fronteiras do Ministério do Esporte. E vitaminou os cofres do PC do B com doações.
A mão sempre estendida para os cartolas transformou a pasta em porta da esperança para os clubes em Brasília.
Fez tantas costuras que poderia ter sido eleito deputado federal em 2010 com certa facilidade. Acabou ficando no ministério, supostamente a pedido de Lula. Peitou até seu próprio partido para ficar no comando. Entrou num processo de fritura. Para salvar a pele, afastou-se de Ricardo Teixeira e aproximou-se de Dilma Rousseff.
Justamente quando Dilma Rousseff decidiu que ele estaria ao lado dela e de Pelé nos eventos e na própria Copa, a temperatura na frigideira subiu. Desleixado na fiscalização das ações de sua pasta, seguiu fazendo política, mas dessa vez perdendo aliados.
Agora, deixa o ministério do Esporte chamado de traidor pela CBF. Sentimento semelhante nutrem por ele os dirigentes do São Paulo. Não se esquecem de que Silva Júnior defendia o Morumbi e, de repente, virou incentivador do Itaquerão. Até assinou como testemunha no pré-contrato.
Que o ministro sairia por causa de problemas em sua pasta, dava para desconfiar. Porém, terminar sua era abandonado, após tantas amizades, alianças e tapinhas nas costas, era mais difícil de imaginar.
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