César Sampaio se reúne com jogadores sem Felipão, que enfrenta fritura no Palmeiras

Uma inesperada reunião de César Sampaio com Felipão e o auxiliar Murtosa, na noite desta segunda-feira, aumentou a tensão entre a diretoria do Palmeiras e o treinador.

O cartola remunerado avisou que conversará  com  os jogadores, sem representantes da comissão técnica, para ouvir a opinião deles sobre os problemas do time e as possíveis soluções.

A decisão aumentou a sensação de membros da comissão técnica de que há um processo de fritura do treinador em estágio avançado. Em qualquer clube, reunião de cartola só com atletas é um prato cheio para descerem a lenha no técnico. Cenário perfeito para agravar ainda mais a crise entre Felipão e os dirigentes.

O encontro do ex-volante com Luiz Felipe Scolari aconteceu na casa de Sampaio, que segundo dirigentes do clube cancelou uma licença destinada a tratar de problemas particulares para cuidar da crise.

A reunião começou com Felipão demonstrando insatisfação, alegando que está difícil trabalhar no Palmeiras. Principalmente porque seus homens de confiança, como Galeano, estão desprestigiados. Enquanto os que não falam a mesma língua que o treinador viram intocáveis.

É o caso do vice de futebol Roberto Frizzo, alvo de protesto da torcida, que pichou o muro do Palestra Itália para pedir sua cabeça.

Fábio Braga/Folha Press 

O vice, porém, está ainda mais fortalecido. Ele aceitou ser avalista do clube em empréstimos bancários. Poucos dirigentes topam tal missão. Entre os que encaram, nem todos são aceitos pelos bancos. "É normal o clube precisar de um aval pessoal para conseguir empréstimo. Deram a ideia de apresentar meu nome. Se meu aval for aceito no banco, serei avalista sem receio porque o Palmeiras honra seus compromissos", disse Frizzo ao blog.

Ele tem sido acusado de não conseguir fechar contratações encaminhadas pela comissão técnica, o que teria aumentado o distanciamento. "Não é tão simples contratar, as negociações estão seguindo o curso normal", afirmou o vice.

Prado também está em alta com o presidente. Segundo cartolas palmeirenses, ele faz trabalhos como cuidar de detalhes de uma viagem particular do dirigente, com acompanhante que não é do clube, sem ser sua obrigação. O gerente-administrativo não dá entrevistas para o blog, e Tirone não foi localizado para falar sobre o assunto.

A informação no Palestra Itália é de que o presidente viajou nesta segunda. Sua ausência em mais um momento de crise reforçou a tese entre membros do estafe de Felipão de que há um movimento orquestrado para forçar a saída do treinador.

Tirone alegaria depois que não estava por perto para apagar o incêndio. Apesar de o desconforto aumentar, o blog apurou que Felipão não está disposto a pedir demissão.