Topo

Perrone

Jogadores esgotados fisicamente ameaçam Corinthians

Perrone

17/11/2011 11h56

O caso de Liedson é extremo, mas não é único. O Corinthians chega à reta final do Brasileirão preocupado com jogadores que estão em seu limite físico, desgastados pelo número de jogos. Alguns atuando no sacrifício.

O atacante Willian, por exemplo, joga apesar de um desconforto no músculo adutor da coxa. A comissão técnica não tem como poupá-lo. Ele participou de 33 dos 35 jogos do time no campeonato, de acordo com o Datafolha. E sofre, em  média, sem contar a partida com o Ceará, 2,1 faltas em cada confronto.

Danilo também preocupa. O veterano esteve em campo 34 vezes no Nacional. A exigência de Tite para que todos ajudem na marcação e a ordem para muitas vezes a equipe marcar sob pressão, no campo do adversário, aumenta o desgaste.

Tal estilo também reduz as chances de Adriano entrar, já que obrigaria alguém a correr por ele, aumentando o esforço. E mesmo atuando pouco, o imperador manca e está fora de forma.

Mas ninguém tira o sono de Tite como Liedson, desgastado também por seus jogos na Europa e que vive reclamando de dores. E ele nem está entre os que mais atuaram. Entrou em campo 25 vezes. Até antes da partida em Fortaleza, sua média era de duas faltas sofridas por jogo. O atacante já sabe que está condenado a jogar no sacrifício até a última rodada.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.