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Jorginho nega pedida salarial à Lusa, se vê no Palmeiras um dia e cobra de atletas celular Ferrari

Perrone

09/11/2011 13h48

Jorginho, campeão da Série B com a Lusa, entrou em contato com o blog para reclamar do post publicado nesta terça à noite. Escrevi que a Portuguesa se assustou com usa pedida salarial. O clube gastaria cerca de R$ 350 mil com o treinador e mais três auxiliares por mês, segundo um dirigente luso.

 O  blog não conseguiu falar com o técnico após o jogo com o Sport e  mantém as informações publicadas. Ressalta, também, que em nenhum momento afirmou que Jorginho deixaria a Lusa por dinheiro ou que pensa em primeiro lugar no salário.

 Veja os principais trechos da conversa de 15 minutos com Jorginho.

Palmeiras

Ainda não recebi proposta de nenhum clube porque estava focado na conquista do título. Mas, tadinho, falar do Palmeiras é chover no molhado. Toda vez que tem um problema lá falam meu nome. Um dia eu vou pra lá porque tenho muito carinho pelo Palmeiras. Cedo ou tarde vai acontecer. Só não aceito conversar enquanto o clube tiver um treinador.

Negociação com a Lusa

Não fiz nenhuma proposta para a Portuguesa. Recebi um papel da diretoria com os números depois da coletiva de ontem (após o jogo com o Sport). Infelizmente foi depois da coletiva, eu teria dito na entrevista, não escondo nada. Vou estudar o que eles me ofereceram, sei que não posso pedir muito mais porque eles não podem pagar.

E dinheiro não é o meu problema. Se sair da Portuguesa, não vai ser por causa de dinheiro. Preciso de pouco, só do pão para sobreviver e para sustentar meu filho. Se sair vai ser para ter outras experiências. Já conheço bem a imprensa paulista, por exemplo. Pode ser bom conhecer outra. Conheci a de Goiânia que não é das mais honestas, tinha um cara lá que não gostava de mim e não via o lado profissional, só o pessoal.

Então, se eu não ficar, vai ser também porque não é interessante pra Portuguesa, que precisa andar com suas próprias pernas.

A Portuguesa precisa de mais estrutura, bons campos de treinamento para a base, mas isso eles vão melhorar. Também não vai ser por isso que vou sair.

Só não venha me dizer que vou sair por dinheiro, não faça isso comigo, não passe essa imagem de mim. Tive uma infância difícil, tinha tudo pra virar bandido, perdi minha joia (filho jogador morto em acidente), então, pra eu fazer uma merda não custa. Não fale que saio por dinheiro,  se falar terei que te processar. Nunca pensei primeiro no dinheiro. E não fiz pedida nenhuma.

Celular

Na festa, depois do jogo, os atletas me jogaram para o alto e meu rádio Ferrari sumiu. Estou cobrando o prejuízo deles. É um aparelho caro que ganhei de um amigo. Até descobri com quem está. É um amigo que não quer me devolver, ele sabe quanto vale.

Trabalhar em clube grande

Não estou preocupado com isso. Posso tranquilamente trabalhar em clube pequeno. O importante é que eu seja feliz no local de trabalho.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.