Decisão da Justiça sobre parar obras do Itaquerão é atrasada pelo governo, segundo vereador
Em julho, o vereador Aurélio Miguel, conselheiro do São Paulo, entrou com uma ação na Justiça pedindo que fossem suspensas as obras do Itaquerão. Alegou supostas irregularidades na Lei de Incentivos Fiscais à Zona Leste por favorecer Odebrechet e Corinthians. A concessão do terreno também é contestada.
O processo se juntou a aoutros três, que também pedem a paralisação dos trabalhos.
Até hoje, nenhum pedido de liminar para interromper as obras foi julgado. O advogado do vereador, Antonio Salim Curiati Júnior, alega que uma movimentação do Governo Federal é a principal responsável pela demora.
A Advocacia da União pediu para examinar os processos para saber se o caso diz respeito também a ela. Quando isso acontece fica tudo parado até a devolução ao juiz. De acordo com Curiati Júnior, a União entregou de volta um dos processos 40 dias após o prazo, engavetando as liminares.
"Foi uma atitude absurda e injustificável. Além do atraso, a União não tem nada a ver com isso", afirmou Curiati Júnior.
A União se defende afirmando que o atraso foi mínimo e normal.
O caso foi parar na Ouvidoria do Conselho Nacional de Justiça e na Ouvidoria da Procuradoria da União. O CNJ diz que não ocorreu atraso. O representante de Aurélio, porém, alega que houve um erro. Estaria sendo considerada só a data de devolução de três processos e ignorada a entrega atrasada da última documentação.
O advogado do vereador também reclamou que teria sido distratado pela representante da União quando telefonou para saber do atraso. A assessora jurídica Juliane Bitencourt de Almeida Saes não quis dar entrevista ao blog.
De acordo com Curiati Júnior, o último processo foi devolvido no dia 6 de dezembro, após suas queixas. Agora, a Justiça já pode decidir se concede ou não as liminares.
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