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Presidente do Palmeiras lava as mãos em briga de técnico com vice, mas agrada Felipão com lateral do São Caetano

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21/01/2012 06h00

Arnaldo Tirone afirma que não vai tomar partdio na briga entre Luiz Felipe Scolari e Roberto Frizzo. Quer que técnico e vice-presidente do Palmeiras se entendam sozinhos. Porém, os últimos gestos do presidente pendem para o lado do treinador.

Depois de contratar o atacante Barcos contra a vontade de Frizzo e sem dinheiro para trazer Jonas, do Coritiba, Tirone ofereceu o lateral-direito Artur, do São Caetano, para Felipão. O treinador deu sinal verde para a contratação. Ele havia recusado dezenas de indicações feitas pelo vice, que não se envolveu na sugestão sobre o atleta do time do ABC.

A negociação não deve ser das mais fáceis. Segundo dirigentes palmeirenses, o Corinthians também está de olho em Artur.

Ao tentar trazer o jogador, Tirone acalma Scolari. O presidente tinha dito ao treinador que não poderia contratar um atacante e um lateral ao mesmo tempo por falta de dinheiro, mas encontrou uma fórmula para suprir a carência no lado direito.

Apesar de agir na direção de Felipão, Tirone diz que não vai afastar Frizzo e nega que a manutenção seja por gratidão política. O vice seria candidato à presidência, mas cedeu a vaga para o atual presidente. "Não tem essa história de gratidão. Acontece que não tenho que afastar o Frizzo. Ele vai saber a hora de sair quando o momento chegar", afirmou o presidente ao blog.

O principal cartola palmeirense ainda não teve uma conversa com a dupla para tentar acalmar os ânimos depois de o técnico atacar o vice pela imprensa. "Não vi ainda a necessidade de chamar os dois para conversar. Se precisar aparar as arestas, vou fazer isso. Mas, se o Felipão não gostou de uma entrevista do Frizzo e falou alguma coisa, o Frizzo é a pessoa que precisa responder. Esse assunto tem que ser resolvido entre eles", disse Tirone, lavando as mãos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.