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Crise financeira de rivais e Nilmar 'não são-paulino' fizeram Juvenal vetar compra

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05/02/2012 06h00

Adalberto Batista ainda tentava convencer Orlando da Hora, agente de Nilmar, a reduzir a pedida salarial de R$ 500 mil mensais quando o presidente do São Paulo chamou o diretor para uma conversa.

"Vamos parar com essa negociação porque não vai dar certo. Veja o que está acontecendo no futebol braisleiro. Os clubes não estão pagando salários, os jogadores se rebelando… Não é hora de lidar com atleta caro", disse Juvenal Juvêncio para Batista.

O chefe são-paulino não falou publicamente, mas está preocupado com os calotes que já atingiram vascaínos, flamenguistas e cruzeirenses. Vê riscos de uma epidemia e até de uma greve-geral. Prefere manter blindada a saúde financeira de seu clube.

O blog apurou que Juvenal argumentou também com o diretor que o São Paulo já havia feito sete contratações, então não há a necessidade de se arriscar numa negociação milionária.

Outro ingrediente que pesou na decisão do dirigente foi o fato de o empresário dizer que Nilmar não torce pelo São Paulo e nem para outro time. Quer saber é do dinheiro na conta. É o que Juvenal costuma chamar de "falta de emoção". Pela firmeza das declarações do presidente ao diretor, uma reviravolta no caso é tida como impossível no Morumbi.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.