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Oposição diz que Corinthians escondeu salário de R$ 500 mil de Adriano e caso vai ao Conselho

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14/03/2012 11h00

Adriano despertou a oposição corintiana de um sono iniciado logo após a vitória de Mário Gobbi na eleição presidencial do clube. Os opositores acordaram para atacar a maneira como a diretoria administrou a passagem do Imperador pelo Parque São Jorge.

"Nós pagamos para o Adriano se tratar no clube. E agora, que devem faltar só dois quilos mesmo para ele entrar em forma, vamos mandá-lo para o Flamengo. Desse jeito, mais jogadores vão querer se tratar no Corinthians", criticou o conselheiro Rubens Gomes, um dos líderes oposicionistas.

Rubão, como é conhecido, era membro do Cori (Conselho de Orientação). Ele diz ter informações de que o salário de Adriano era de R$ 500 mil mensais. Ainda na era Andrés Sanchez, a diretoria informou à imprensa que o clube pagava R$ 380 mil ao atacante. A remuneração subiria se ele participasse frequentemente dos jogos como titular, o que não aconteceu.

O conselheiro prepara um requerimento para o Conselho Deliberativo exigir que a diretoria mostre com documentos exatamente quanto Adriano custou ao Corinthians. Ele também pedirá detalhes sobre a rescisão contratual.

"Quando Adriano chegou, Andrés disse que o clube não teria prejuízo se ele não andasse na linha. Agora, pela imprensa, ouvimos que teremos que pagar os salários que faltam para não arcar com uma multa de R$ 2 milhões. Queremos saber a verdade", afirmou o opositor.

A diretoria negocia com o atacante para pagar um valor inferior os quatro salários que ele teria direito a receber. Os cartolas estavam dispostos a argumentar que tinham elementos para demitir Adriano por justa causa. Seria uma forma de pressioná-lo a topar o trato.

A direção corintiana mantém a versão de que pagava R$ 380 mil ao jogador.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

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