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Após posar de bombeiro, César Sampaio se queima em nova crise no Palmeiras

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11/04/2012 11h00

As últimas derrotas do Palmeiras chamuscaram o gerente César Sampaio. Integrantes da comissão técnica e dirigentes criticam o gerente por, na opinião deles, não conseguir normalizar o ambiente no vestiário alviverde.

A bronca é ainda maior porque recentemente o ex-volante deu entrevista afirmando que age como bombeiro no Palestra Itália.

Seus críticos na comissão técnica e na diretoria afirmam que o discurso de Sampaio não corresponde com a realidade. Ele não estaria conseguindo executar suas tarefas como bombeiro. Uma delas é a de ser o homem de confiança do presidente no vestiário. Teria que identificar os problemas no elenco, manter Arnaldo Tirone informado e ajudar a dissolver as desavenças.

Porém, as queixas são de que o gerente não frequenta os camarins como deveria, por isso não consegue solucionar crises, como a insatisfação de alguns atletas com a contratação de Wesley para ganhar cerca de R$ 220 mil livres de impostos. Sampaio deu entrevista negando a existência da ciumeira.

Em vez de se aproximar mais dos atletas, o gerente é visto como alguém sintonizado como o vice de futebol Roberto Frizzo, justamente o personagem que o ex-jogador deveria neutralizar.

Entre dirigentes do clube também há a reclamação de que o gerente não cobra Felipão por erros táticos e nem questiona as decisões do treinador. Manter Scolari sobre controle estava no topo da lista de atribuições do gerente em sua chegada.

Para aumentar a temperatura da frigideira, conselheiros asseguram que o contrato de Sampaio tem uma cláusula que prevê um reajuste de praticamente 100% em seu salário de R$ 25 mil mensais após o Campeonato Paulista, sem contar bichos.

O blog tentou falar com o gerente palmeirense, deixou recado em sua secretária, mas ele não ligou de volta.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.