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Briga entre Gaviões e Mancha custou caro e desrespeitou código

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03/04/2012 11h42

As diretorias de Gaviões da Fiel e Mancha Alviverde negam que soubessem de antemão do confronto entre seus integrantes, causador da morte de dois palmeirenses. Mas alguém investiu uma quantia considerável para a briga acontecer.

Segundo relatos de membros das torcidas, foi preciso gastar com o alguel de ônibus para deslocar os torcedores. Dos pelo menos 600 envolvidos na batalha, a maioria não era da região da avenida Inajar de Souza.

 Por essas versões, foram feitos deslocamentos em ônibus fretados de diversos bairros de São Paulo para transportar os brigões. Além disso, foi preciso gastar com fogos de artifício usados na "treta". Até barras de ferro manuseadas como armas precisaram ser compradas.

Investimento feito, "tropas" transportadas, chegou a hora da batalha. A partir daí, uma espécie de código de conduta estabelecido entre os torcedores há cerca de dois anos numa reunião na Mancha foi ignorado.

O combinado era parar de bater quando o rival caísse no chão. A regra já vinha sendo descumprida em atritos anteriores. Rojões também estavam proibidos. Armas de fogo foram usadas para balear palmeirenses, mas deveriam estar banidas por recomendação de integrantes do PCC (Primeiro Comando da Capital), segundo torcedores uniformizados.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.