CBF clona medidas da Federação Paulista sem ligar para rebeldes
José Maria Marin segue na CBF o mesmo roteiro usado por Marco Polo Del Nero quando herdou a presidência da Federação Paulista das mãos de Eduardo José Farah, um antecessor que criou raiz no cargo e tocava a entidade como uma caixa-preta.
As condições em que Marin assumiu a CBF são semelhantes, já que Ricardo Teixeira e Farah são parecidos em vários aspectos.
O novo presidente da confederação acredita tanto na receita de Del Nero para se dar bem que não se preocupa em apagar as digitais do colega em sua gestão para evitar a ira dos cartolas que se rebelaram contra o presidente da FPF. Gaúchos, cariocas, baianos, paranaenses e mineiros são os rebeldes.
Veja abaixo as semelhanças entre as administrações de Del Nero e Marin.
Imprensa – Antes mesmo de esquentar a cadeira da presidência da FPF, Del Nero abriu as portas da entidade para jornalistas, contrariando os métodos de seu antecessor. Convidou a imprensa a sugerir mudanças no Campeonato Paulista e passou a receber com frequência jornalistas na entidade. Na CBF, Marin desandou a dar entrevistas coletivas, algo que Teixeira só fazia quando não tinha saída.
Arbitragem – Logo de cara, Del Nero tentou dar credibilidade ao departamento na FPF. Nomeou um policial militar para comandar a comissão que cuida do apito e criou os cargos de ouvidor e corregedor, clonados agora por Marin. Na época, Del Nero agradou aos grandes paulistas. Agora, Marin fez o mesmo com os dirigentes cariocas, críticos ácidos dos juízes no Brasileirão.
Sala de visitas -Ao assumir, Del Nero transformou uma sala que Farah usava sozinho num local para receber os dirigentes de clubes, diariamente. Eles também passaram a almoçar na entidade. Quando precisa de privacidade, o presidente despacha numa sala menor. No Rio, Marin anunciou que fará uma reforma na CBF para criar um amplo espaço a fim de receber dirigentes de federações e times.
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