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Para Governo, Fifa aumenta animosidade e desgasta secretário-geral ao enviá-lo ao Brasil

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02/04/2012 19h32

A sensação no Governo Federal é de que a Fifa cometeu um erro estratégico ao escalar Jérôme Valcke para substituir Joseph Blatter em audiência pública no Senado, dia 11.

A presença do cartola, célebre por sugerir um chute no traseiro do Brasil para acelerar as obras da Copa, é vista como um motivo para os ânimos ficarem mais acirrados. Além de dar chance a senadores de aparecerem como defensores do país . Em outras palavras, não faltará senador para apertar o dirigente e pintar no Jornal Nacional enquadrando a Fifa.

Jérôme também estaria numa saia-justa porque se elogiar a organização do Brasil para a Copa estará desmentindo tudo o que disse até agora. E se voltar a fazer críticas tomará o troco dos senadores. Ministério do Esporte e o estafe de Dilma Rousseff, no entanto, asseguram que não irão se envolver.

A audiência, marcada para tratar da Lei Geral da Copa e da organização do Mundial, ainda depende da Comissão de Educação e Esporte do Senado decidir se vale a pena mantê-la mesmo com Valcke no lugar de Blatter e com Aldo Rebello, ministro do Esporte, falando um dia antes do francês. A ideia original era que os dois fossem ouvidos juntos. Em Brasília é dado como certo que os senadores não irão perder a oportunidade.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.