Topo

Perrone

Palco da final paulista, Morumbi é criticado pelo Santos

Perrone

13/05/2012 08h37

Apesar de o São Paulo estender o tapete vermelho para a diretoria do Santos no primeiro jogo das finais do Paulista, o clube praiano não ficou seduzido pelo Morumbi.

O alvinegro joga hoje como mandante contra o Guarani na casa são-paulina, mas não se mostra disposto a escolher o Cícero Pompeu de Toledo para futuros jogos importantes, pela Libertadores, por exemplo.

A avaliação do presidente santista, Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, é de que o Morumbi é caro demais e difícil de encher, não compensa. Na primeira partida, o São Paulo recebeu R$ 222 mil de aluguel (12% da renda).

Os santistas lembram que no Pacaembu a prefeitura cobra a mesma porcentagem da renda para alugar o estádio, mas estabelece um teto de R$ 50 mil.

Para Laor, como é conhecido o presidente do time de Neymar, o estádio municipal tem outras vantagens. Uma delas é o fato de tudo poder ser explorado pelo inquilino. No Morumbi há camarotes e outros espaços do São Paulo que não podem ser aproveitados.

"E o Morumbi é mais frio, a torcida fica muito longe do campo. Futebol não se joga só com o corpo, se joga também com a cabeça. Na Vila Belmiro e no Pacaembu, a torcida passa mais facilmente sua paixão aos jogadores", disse Laor ao blog.

Para o dirigente, o Morumbi tem outro problema: o número de flanelinhas é maior do que nos estádios concorrentes.

"Na minha escala de preferência está primeiro a Vila Belmiro, em segundo lugar vem o Pacaembu. Se não pudermos usar um dos dois, aí estudo as outras alternativas. Aceitei a sugestão da federação para jogar no Morumbi porque lá posso abrigar todos os nossos sócios", completou o cartola. Ele é criticado por conselheiros e por colegas corintianos e palmeirenses que são contra gerar receitas para o São Paulo.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.