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Palmeiras gastou cerca de R$ 1,8 milhão para liberar Pierre

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31/05/2012 18h28

Na operação em que liberou Pierre para o Atlético-MG, o Palmeiras teve um gasto de pelo menos R$ 1.850 000. O caso está sendo investigado pelo COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) do clube que quer saber se houve desperdício de dinheiro.

O Palmeiras liberou Pierre, que tinha contrato até dezembro para o Atlético-MG em troca de Daniel Carvalho mais uma quantia em dinheiro (entre R$ 200 mil e R$ 300 mil).

Em tese, o clube teria um lucro na operação. Porém, o COF recebeu documento que mostra um pagamento de R$ 2.150.000 à empresa de assessoria esportiva de Albio Carvalho, pai de Daniel. O documento fala em pagamento de comissão por intermediação e venda de 20% dos direitos econômicos do atleta.

Assim, a empresa faturou por intermediar a negociação dos direitos que pertenciam ao filho do dono. No futebol, é comum os jogadores colocarem as fatias que possuem de seus próprios direitos em nome de empresas controladas por parentes.

"Nós compramos 20% dos direitos do próprio Daniel para que o Palmeiras ganhasse alguma coisa se ele fosse vendido. Foi uma medida para evitar que ele se valorizasse aqui e saísse sem o clube receber algo", disse ao blog César Sampaio, dirigente remunerado do Palmeiras.

Daniel assinou contrato até dezembro, com opção de renovação. Seu compromisso acabará no mesmo mês em que acabaria o vínculo com Pierre. "A gente não queria liberar o Pierre, mas ele veio e pediu para a liberação", declarou Sampaio.

O COF investiga uma série de pagamentos de comissões. Seus integrantes avaliam como altos os valores pagos pelo clube.

Colaborou Danilo Lavieri

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.