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Santos vê complô para tirar primeiro jogo da Vila e age nos bastidores

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31/05/2012 06h00

A informação partiu de São Paulo, desceu a serra e irritou a diretoria do Santos. A Vila Belmiro é alvo de um complô para que não possa receber o primeiro jogo das semifinais da Libertadores, contra o Corinthians, segundo dirigentes do time de Neymar.

Indagado pelo blog, um importante cartola santista disse que foi alertado sobre o plano para barrar o estádio e já agiu nos bastidores a fim de evitar a manobra. No entanto, ele não quis afirmar quem estaria atacando a Vila.

A informação recebida pela cúpula do Santos é de que a Conmebol foi avisada sobre o estádio da equipe supostamente não ter condições para receber 20 mil pessoas, público mínimo exigido para jogos até as semifinais.

Pela mesma versão, a entidade foi aconselhada pelo denunciante a pedir um novo laudo ao Santos para comprovar a capacidade da Vila. O documento de posse da Confederação Sul-Americana estaria com dados defasados. Ele atesta que o Urbano Caldeira pode receber pouco mais de 20 mil pessoas.

A Conmebol também teria sido informada de que o Cadastro Nacional dos Estádios de Futebol, documento oficial da CBF, limita a Vila a 16.798 pessoas. O relatório está no site oficial da confederação.

O regulamento da Libertadores até permite jogos em estádios com capacidade inferior, desde que o interessado faça o pedido para que a Conmebol vistorie e aprove o local em janeiro, antes do início do torneio.

 A diretoria do clube litorâneo alega que vende menos de 20 mil ingressos por medida de segurança, acertada com a Polícia Militar, apesar de poder receber tal público.

O veto empurraria a partida para o Morumbi, já que o Santos não tem interesse em jogar no Pacaembu, casa corintiana. Porém, a cúpula santista confia que sua rápida resposta manterá o jogo no litoral. Sem dar detalhes, diz estar bem municiada.

Nos últimos dias, a cartolagem corintiana repetiu que não era indiferente ao local do primeiro confronto. Vale lembrar que os alvinegros da capital têm horror ao Morumbi.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.