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Presidente do Santos se irrita com respostas de Andrés e Rosenberg

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15/06/2012 12h23

A reação corintiana às críticas do Santos sobre suposto favorecimento de Mano Menezes ao time do Parque São Jorge fez Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro subir ainda mais o tom.

O presidente do Santos não gostou de declarações dadas pelo vice corintiano, Luís Paulo Rosenberg, e por Andrés Sanchez, diretor de seleções da CBF.

"Rosenberg disse que eu agi por motivo torpe. Não engulo essa palavra. Repudio veementemente. Se encontrar com ele vou pedir para que me explique o que quis dizer com isso. O que é torpe para ele? É chamar o próprio time de medíocre e depois querer culpar o adversário, jogando para torcida? Não foi uma atitude de quem tem nível universitário", disse Laor, como é conhecido o dirigente santista, ao ser indagado pelo blog.

Ele se refere à declaração atribuída a Rosenberg na edição desta sexta-feira da Folha de S.Paulo. "Seria injustiça responder com minha cabeça gelada a manifestação provocada sob emoção violenta e por motivo torpe", teria dito o corintiano.

Laor também reclama de afirmação de Rosenberg, revelada pelo blog, de que o presidente santista estava sendo muito irônico e muito à vontade com seu time de iluminados quando o vice corintiano respondeu em palestra dizendo que o time do Corinthians é medíocre.

"Ele foi infeliz, referiu-se ao time dele como medíocre diante de uma equipe com Neymar e Ganso, e agora quer dizer que eu contei vantagem. Não é verdade, eu disse que o Corinthians tinha mais chance de ganhar a eliminiatória, jogando o favoritismo para eles. Agora, ele distorce o que eu falei. Mas os estudantes que estavam na palestra são testemunhas de que o Rosenberg chamou o time dele de medíocre porque quis", afirmou o santista.

Em sua defesa Rosenberg diz que falava para um público de estudantes que precisa de uma linguagem mais direta. E que usou a expressão medíocre no sentido de mediano, de um time sem estrelas, mas que foi campeão brasileiro.

Laor também se irritou com o fato de Andrés dizer que suas queixas sobre Mano não ter convocado jogadores do Corinthians, ex-time do treinador, deveriam ter sido feitas antes.

"Andrés atenta contra a verdade. Reclamei antes do jogo, e ele respondeu dizendo que eu precisava pensar um pouco no Mano e menos em mim. Eu estava pensando no Santos. Não estou acusando ninguém, mas posso ligar os pontos. O Tite disse que ganhou o jogo porque treinou, treinou e treinou. E o Santos não treinou com seu time completo por causa da seleção. O técnico da seleção é ex-treinador do Corinthians, campeão brasileiro e que faz excelente campanha na Libertadores, mas não teve nenhum convocado. O diretor de seleções é ex-presidente do Corinthians, e trabalhou com Mano no clube. Estou com a pulga atrás da orelha e meto a boca no trombone", falou Laor.

Apesar do atrito, o dirigente santista afirma que sua relação com Mário Gobbi, presidente corintiano, não está abalada. Declarou que os dois conversaram cordialmente por telefone na quinta-feira.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.