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Santos mantém doações de ingressos para organizada após briga na Vila

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18/06/2012 06h00

                                                                                          Fernando Donasci/UOL
Pichação assinada pela Torcida Jovem do Santos (TJS) perto de entrada dos visitantes

 

A diretoria do Santos continuará dando ingressos para suas organizadas mesmo após a briga protagonizada pela Torcida Jovem com a PM na partida contra o Corinthians. A confusão teve até um capacete de policial militar atirado em campo.

O Ministério Público vai investigar problemas ocorridos no estádio do Santos e diz que ainda é cedo para se pronunciar. Porém, adverte que em tese o Santos pode ser considerado co-autor de crimes que a torcida possa ter cometido. Isso porque financiou a ida das uniformizadas ao jogo, como faz constantemente. O MP recomenda que os clubes evitem ajudar as torcidas. O raciocínio é o semelhante ao de regulamentos internos de condomínios. Se um convidado causa prejuízo, quem paga é o morador responsável pelo convite. Como o Santos dá ingressos para as organizadas, elas estão no estádio a convite do clube.

"Vou continuar dando os ingressos porque o verdadeiro apoio ao time veio das organizadas. Elas tem um compromisso comigo de não brigarem com os adversários. E isso elas não fizeram mais. Com o time perdendo, pode haver um desentendimento, é natural. Até uma mulher deu um tapa no marido na arquibancada", disse ao blog Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro, presidente do Santos.

Além da briga com a PM, a Torcida Jovem pichou muros de casas da rua em que fica a entrada dos visitantes na Vila. Escreveu provocações aos corintianos. Em São Paulo, torcedores uniformizados chegaram a ser detidos por provocarem tumulto no metrô.

E, conforme revelou reportagem do UOL Esporte, a PM alega que uma das organizadas santistas tentou atacar os corintianos, o que descumpriria o acordo feito com o presidente do clube. Seria um revide a uma agressão em jogo anterior. Os policiais evitaram o confronto.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.