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Vitória sobre o Cruzeiro é deixa para São Paulo mudar de ideia e efetivar Milton Cruz

Perrone

30/06/2012 18h10

A vitória por 3 a 2 sobre o Cruzeiro pode deixar no são-paulino a sensação de que a diretoria merece nota 10 por ter demitido Emerson Leão. Em tese, o time correu mais para mostrar que estava insatisfeito com o treinador (e vários jogadores estavam mesmo). O resultado também sugere que os dirigentes acertaram ao forçar a ida de Casemiro para reserva.

Mas o buraco é bem mais profundo. Não é a primeira vez que o São Paulo ou qualquer outro time vence após a troca de treinador. A reação imediata não é garantia de força prolongada. Pelo contrário. Até aqui a cúpula são-paulina só mostrou que voltou a recorrer a soluções imediatistas. Uma fórmula manjada.

Para sair do lugar comum, Juvenal Juvêncio deveria enfim efetivar Milton Cruz como técnico, algo que o auxiliar nunca quis. O triunfo em Minas deveria ser degustado pelo eterno assistente como uma dose de coragem para que ele pedisse para ficar no cargo. Chegou a hora de Milton e da diretoria saírem da zona de conforto e assumirem responsabilidades maiores. Está muito fácil para a diretoria trocar de treinador, posar de sabichona com o interino e depois voltar a viver um caos. E Milton deveria ter ambição maior. Afinal de contas, existe treinador mais afinado com a diretoria são-paulina do que ele?

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.