Topo

Perrone

Começa pressão para Marin cortar pagamento a Ricardo Teixeira por causa de caso de corrupção

Perrone

12/07/2012 06h00

Desafetos de Ricardo Teixeira começam a fazer barulho nos bastidores para que José Maria Marin corte a "mesada" que a CBF ainda dá ao ex-presidente. O movimento é tímido, mas tende a ganhar corpo.

O argumento é de que a confederação não pode continuar usando os serviços de um cartola que acaba de ter o nome confirmado pela Justiça da Suíça como envolvido em caso de corrupção.

De acordo com documentos publicados no site da Fifa, o ex-presidente da CBF e seu ex-sogro, João Havelange, fizeram um acordo financeiro com a Justiça suíça para não serem condenados por corrupção. Teriam recebido juntos R$ 45 milhões em propinas.

Teixeira segue recebendo da CBF para prestar consultoria ao atual presidente. Sem constrangimento, Marin diz que seu antecessor merece ganhar pela ajuda que dá. Afinal, passa seus conhecimentos ao sucessor.

Manter os pagamentos significa continuar dando uma dose (cavalar) de poder ao ex-cartola, que se estivesse no poder precisaria se esquivar de um arsenal de provas capazes de destituí-lo. Se haveria contundente justificativa para Teixeira ser afastado da presidência, não há o que justifique sua manutenção como consultor, muito menos como presidente informal.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.