Conselheiros do Santos questionam presidente sobre "corintianismo", Pacaembu e verba de R$ 40 milhões

O Conselho Deliberativo do Santos se reúne hoje para sabatinar o Conselho Gestor, órgão que assessora o presidente Luís Álvaro de Oliveira Ribeiro. O Laor, como é conhecido o cartola, será o principal alvo dos questionamentos. Em sua gestão, ele nunca enfrentou um cenário tão hostil como agora.

De acordo com o estatuto do clube, as perguntas precisam ser enviadas até uma hora antes da sessão. Veja abaixo alguns dos temas mais polêmicos que serão abordados com o presidente e seu estafe.

Corintianismo

Ainda com a derrota para o Corinthians atravessada na garganta, conselheiros querem explicações do presidente sobre ele ter dito que torceria para o rival na final da Libertadores. O dirigente também deve ser indagado sobre os motivos para o clube perder a contratação de Romarinho para o alvinegro da capital.

Pacaembu como nova casa

Conforme escrevi aqui, Laor estuda uma parceria com a Prefeitura de São Paulo para que a equipe jogue mais vezes no Pacaembu. Uma das ideias do dirigente é deixar a Vila Belmiro para os jogos em que o Santos mais precisar pressionar os adversários. Uma ala do Conselho desconfia que só partidas de menor expressão serão na Vila. Esse grupo quer tirar isso alimpo com Laor.

Fundo de investimentos

Durante a campanha da eleição em que derrotou Marcelo Teixeira, Laor disse que um fundo de investimentos, formado por santistas, poderia colocar até R$ 40 milhões no clube. O fundo ganhou forma na Teisa, empresa que reúne alguns dos principais colaboradores do presidente. O grupo comprou fatias de jogadores, mas o investimento está longe de R$ 40 milhões. Conselheiros vão cobrar esse aporte do presidente.

Empregos para aliados

O presidente também deve ouvir pedidos para explicar contratações de aliados políticos que se tornaram funcionários do Santos. Conselheiros alegam que tal prática destoa da governança corporativa apregoada pelo cartola. E querem explicações.

Futuras contratações

Laor também deve ouvir perguntas sobre reforços. Há o temor entre conselheiros de que o time fique enfraquecido por falta de dinheiro para trazer novos craques.