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Fracasso diante da Lusa reflete desacerto entre diretoria e comissão técnica do Palmeiras

Perrone

29/08/2012 23h07

A derrota por 3 a 0 para a Portuguesa e a dificuldade em sair da zona do rebaixamento do Brasileirão refletem a falta de sintonia entre diretoria e comissão técnica do Palmeiras nos últimos dias.

Os dirigentes falam em renovar com Felipão, mas não acertam o novo contrato. Para piorar, passou a ser ventilada no clube uma oferta salarial de R$ 1,2 milhão para o treinador, que nem conversou sobre valores com os cartolas. E ele odeia que falem de seus vencimentos.

Além disso, a diretoria anuncia contratações de peso para a Libertadores do ano que vem, mas não traz os jogadores que Felipão quer ainda para este Brasileirão. Antes do encerramento da janela de transferências, o técnico indicou pelo menos cinco nomes junto com Obina, mas não foi atendido.

As dificuldades para contratar estouram em César Sampaio, cartola remunerado, e Roberto Frizzo, vice de futebol. A dupla é criticada no Palestra Itália por não trazer os preferidos de Felipão.

O cenário ficou mais conturbado ainda com as críticas ao goleiro Bruno, que abriram uma disputa no clube. Todo mundo quer sugerir contratações para a posição.

Ao mesmo tempo em que o time cai de produção, o presidente Arnaldo Tirone perde apoio para se candidatar na eleição do ano que vem. No clube é dado como certo que as cúpulas da CBF e da FPF (são praticamente a mesma) querem Affonso Della Monica como candidato no lugar de Tirone. Isso representaria perda de força nos bastidores do Brasileirão, principalmente em relação à arbitragem.

Claro que Scolari não está satisfeito com tudo isso. No início da semana, numa reunião com a presença dos ex-jogadores Galeano e César Sampaio, entre outros cartolas, ele deixou clara a insatisfação.

Há na diretoria alviverde quem diga que os problemas tiram a concentração do treinador. E que quando isso acontece, ele pena para colocar o time nos trilhos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.