Presidente do Santos se afasta de caso Ganso e indica dupla de empresários para cuidar da situação

Presidente do Santos quer evitar novo atrito com Ganso

Em reunião do Conselho Deliberativo do Santos nesta segunda, o presidente do clube afirmou que saiu da linha de frente do caso Ganso. Além de não dar mais entrevistas a respeito do meia para evitar desgaste, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro destacou dois integrantes do Comitê Gestor do Clube para analisar futuras propostas.

Alvaro de Souza, do conselho de administração de diversas empresas, e Eduardo Vassimon, ex-vice-presidente do Itaú, ficarão encarregados de analisar novas ofertas pelo jogador, se elas aparecerem.

De acordo com dois conselheiros, foi explicado que caberá a eles também avaliar a relação-custo benefício de Ganso para o clube.

Maior poder de decisão para o Comitê Gestor é o que dirigentes do São Paulo queriam. Entendem que eles podem ser mais maleáveis do que o presidente Laor na negociação.

Colaborador de Luis Alvaro, no entanto, disse ao blog que o presidente reafirmou a posição do clube de não ouvir mais propostas do São Paulo inferiores ao valor da multa rescisória.

Disse ainda que a indicação da dupla para cuidar do caso é uma demonstração de que se alguém quiser falar com o Santos sobre o meia, a negociação será dura. Isso por serem dois empresários experientes e com fama de frios em operações de grande porte.

Segundo a mesma fonte, o máximo de concessão que o Santos está disposto a fazer é uma ínfima redução na quantia de R$ 23, 8 milhões a que o Santos tem direito por 45% do valor da cláusula penal. Um desconto "simbólico" não desmoralizaria a palavra do presidente. Receber os R$ 10,7 milhões oferecidos pelo São Paulo e mais um ou dois jogadores segue como uma hipótese descartada.

A reunião em que Laor se pronunciou foi pedida por conselheiros que queriam discutir o que chamam de falta de planejamento do clube. A direção de futebol foi questionada sobre a contratação de jogadores que eram reservas em outros times, principalmente Bill. No auge da discussão sobre o ex-corintiano, o presidente pediu para um conselheiro ficar quieto, em inglês, sem perder a pose.