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Diferença de R$ 250 mil mensais, e multa milionária afastaram Falcão do Palmeiras

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19/09/2012 06h00

Dirigentes do Palmeiras contam que o clube ofereceu R$ 250 mil mensais, a metade do que Falcão pediu para treinar o time. Não foi o único abismo financeiro entre as duas partes.

 Pela versão dos cartolas, o técnico queria uma multa milionária num contrato de um ano e três meses. Ávidos por um compromisso só até dezembro, os palmeirenses até topavam um acordo mais longo. Mas com uma indenização modesta.

E aí entra a política. Arnaldo Tirone não quer deixar multa para outro presidente pagar, pois haverá eleição no começo do ano. A atual diretoria cornetou a antiga por deixar várias contas de herança. Prometeu não fazer o mesmo. E pensou nisso ao conversar com Falcão.

O presidente diz que só fala em contrato que atravesse 2012 se encontrar um técnico que acredite ser capaz de sobreviver até o fim. Ficou claro que ele não pensa assim de Falcão.

Depois que não deu certo, os palmeirenses desdenharam de quem desejaram. O ex-jogador deixou de ser uma boa opção e virou apenas um treinador caro, como seus ternos, e fino, como é também seu currículo, mas no outro sentido da palavra.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.