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Rodada e posição na tabela refletem falhas de planejamento dos grandes paulistas

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06/10/2012 18h37

 Os jogos deste sábado do Brasileirão mostraram como os principais clubes de São Paulo estão fadados a sofrer até o fim do campeonato por causa de falhas em seu planejamento.

Em Recife, mais uma vez, o Corinthians mostrou uma defesa claudicante após a venda de Leandro Castán. Perdeu do Náutico e não se aproximou dos 45 pontos que Tite quer para decretar a equipe oficialmente livre do rebaixamento. Sua posição na tabela reflete a falta de um elenco capaz de disputar Libertadores e Nacional em alto nível simultaneamente.

Enquanto o Corinthians não é nem sombra do time que conquistou a América, o Chelsea, seu principal concorrente no Mundial, voa baixo. Como aconteceu com o Santos, os corintianos correm o risco de chegarem fora de ritmo em Tóquio.

Na Vila Belmiro, o Santos mais uma vez mostrou que não se preparou para depender menos de Neymar. Sem ele, suspenso, só empatou com o Inter e deve ficar fora da próxima Libertadores, um desastre para quem tem um atacante do nível de seu camisa 11.

No Morumbi, o São Paulo atropelou um adversário ferido por problemas que vão do gabinete da presidência ao vestiário. A derrota palmeirense acabou com a ilusão de que Gilson Kleina teria provocado uma metamorfose no Palestra Itália.

E nem o São Paulo, o vencedor paulista da tarde, está livre dos erros do passado recente. O time que tem Lucas, um dos craques do momento, e Luis Fabiano, ganhou com louvor um clássico e ainda não conseguiu se aproximar do G4. Fazem falta pontos perdidos na época em que os tricolores desperdiçaram energia fritando Emerson Leão e, em seguida, esperando a adaptação de Ney Franco.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.