CBF prioriza política, deixa técnico em segundo plano e corre risco de levar nova bronca da Fifa
José Maria Marin priorizou a política interna da CBF e deixou o técnico da seleção brasileira em segundo plano. Resultado, passou vergonha diante da Fifa duas vezes no mesmo dia.
Nesta quinta, primeiro, Joseph Blatter deu publicamente um puxão de orelhas no dirigente brasileiro. Disse em entrevista coletiva que seria inadmissível fazer o congresso de técnicos da Copa das Confederações com o país sede sem treinador.
O presidente da Fifa falava sobre a CBF ter antecipado o anúncio da escolha de Felipão de janeiro para esta quinta. Assim, admitiu que cobrou agilidade de Marin. "Logo que Mano Menezes saiu seu substituto deveria ter sido contratado", declarou.
Mas o pior ainda estava por vir. A CBF marcou a apresentação de Felipão no Rio. A explicação oficial é de que a sede da entidade é lá, logo o anúncio não poderia ser feito em outro lugar. E Felipão não conseguiu chegar a São Paulo a tempo de participar do evento dos treinadores, como tanto queria a Fifa.
Pelo menos, Marin conseguiu se equilibrar politicamente. Apresentou seu técnico diante de Rubens Lopes, presidente da Federação do Rio, ex-opositor e atual aliado de Marin.
Apresentar Felipão em São Paulo, mesmo local em que foi revelada a demissão de Mano, facilitaria a logística, mas dificultaria a presença do dirigente carioca. Ele estava na mesa junto com Marin e o paulista Marco Polo Del Nero durante a apresentação de Felipão. Fazer o evento na FPF, onde foi revelada a demissão de Mano, também geraria protestos de outras federações.
Assim, foi executada com perfeição a estratégia política, ainda mais importante no momento em que Andrés Sanchez ensaia virar opositor. Já o desejo da Fifa não foi atendido e pode render novo esculacho em público. O imbróglio mostra que talvez, o Brasil tenha mais dificuldade para se organizar e vencer a Copa do que para realizar a competição sem sobressaltos.
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