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Mancha pede a presidente do Palmeiras que "vilões" sejam barrados no fim do Brasileiro para evitar clima hostil

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22/11/2012 06h00

Marcos Ferreira, presidente da Mancha, principal torcida organizada do Palmeiras, conversou nesta quarta com Arnaldo Tirone. Ele sugeriu ao presidente do clube que o time encerre sua participação no Brasileirão sem usar jogadores vistos com antipatia pelos torcedores. Seria uma forma de evitar atos hostis contra os atletas.

Ao mesmo tempo, o torcedor alega que assim Gilson Kleina poderia observar melhor jogadores revelados em casa e que não ficarão no Palestra Itália em 2013.

 "Sabemos que muitos vão ter seus contratos encerrados em dezembro e vão embora. Como o Palmeiras não vai contratar 15 jogadores, seria bom aproveitar para já ir testando os garotos da base", disse Marcos ao blog.

"Minha vontade pessoal é de que só o Barcos fosse aproveitado nos últimos jogos. Se colocarem para jogar Thiago Heleno, Leandro Amaro e outros, a torcida inteira vai xingar. Não só a Mancha, todos que estiverem no estádio. Então é melhor evitar", completou o torcedor, que é sócio do clube há quatro anos.

Mas vários estão fora de combate para a partida de domingo, contra o Atlético-GO, como Barcos, suspenso. Isso transforma em opção um pelotão que desagrada aos torcedores. Thiago Heleno e Leandro Amaro estão entre esses atletas considerados vilões por parte dos palmeirenses e que podem atuar.

Leandro Amaro está entre os que a Mancha não quer

O representante da Mancha ouviu do presidente do Palmeiras que a decisão caberá exclusivamente ao técnico. Apesar de falar sobre os possíveis gestos de hostilidade em relação aos atletas, ele nega que o plano da torcida seja coagir os jogadores.

 "Nos últimos anos vimos que esse tipo de protesto não funciona. A postura da Mancha é cobrar uma mudança política para que o Palmeiras deixe de ser um clube dominado por algumas famílias. Além disso, o futebol e o marketing precisam ser profissionalizados", disse.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.