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Palmeiras tenta provar que árbitro é viciado em ajuda externa

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03/11/2012 10h54

Lance de Barcos não foi o único em que juiz voltou atrás

 O Palmeiras tentará convencer o STJD de que  Francisco Carlos do Nascimento tem o costume de contar com ajuda externa para tomar suas decisões em campo.

A ideia é mostrar aos auditores que o árbitro voltou atrás após marcar um pênalti contra o Atlético-PR em partida com o Joinville, pela Série B. Ele recuou e anotou falta ao ser avisado por sua assistente de que a infração tinha sido fora da área.

A tese palmeirense é de que provavelmente alguém viu o lance pela TV e avisou a assistente, que no momento da marcação não tinha se manifestado. Assim como teria ocorrido na anulação do gol de mão marcado por Barcos contra o Inter.

Reportagem do jornal Lance sobre um suposto esquema dos juízes para consultar imagens de TV durante as partidas também deverá ser usada.

Além disso, os advogados palmeirenses planejam minar o quarto árbitro Jean Pierre Lima. Alegarão que no momento do lance ele estava ocupado cuidando de uma substituição, logo não poderia estar atento à jogada.

E que estava muito longe da área para ver algo que árbitro e assistentes não viram de perto. Ou seja, tentarão convencer os julgadores de que ele foi avisado pelo delegado da partida, Gerson Baluta. E que este buscou socorro com os profissionais de emissoras de TV. Nesse ponto, encaixa-se outro material, o áudio em que o juiz repete a frase "veja aí". Seria a ordem para o delegado acionar o esquema de auxílio externo.

Já a defesa do árbitro alegará que não houve ajuda ilegal para que ele tomasse sua decisão. Negará também a existência de esquema de socorro por meio de imagens de TV ou que ele tnha o hábito de fazer tais consultas.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.