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Internacionalização corintiana tem até escudo com imagem de galo

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25/12/2012 11h40

Participar e vencer pela segunda vez o Mundial de Clubes da Fifa funcionou mais para o Corinthians do que todos os projetos de internacionalização idealizados pelo clube ao longo de sua história.

O grito de guerra "Vai Corinthians" virou hit entre jovens japoneses em Tóquio. Cássio, Paulinho, Guerreiro e Tite, entre outros, tiveram seus nomes gritados por adolescentes nipônicos ávidos por mostrar seu conhecimento sobre a equipe brasileira.

 Alguns trocaram até o azul do Chelsea pelo preto e branco corintiano logo que acabou a decisão em Yokohama com o auxílio de vendedores ambulantes ingleses.

Pela Europa, torcedores que fizeram uma parada antes de retornar do Japão se acostumaram a ver os europeus reconhecendo o distintivo corintiano e dando parabéns pela conquista.

Mas aconteceram gafes. Como a protagonizada por ingleses que vendiam em Yokohama cachecóis com um galo dentro do escudo corintiano, onde deveria estar a bandeira paulista. Prato cheio para os rivais são-paulinos que apelidam os corintianos de "galinhas".

Também teve grupo de adolescentes japoneses gritando "Caixa" no estádio antes da final ao exibir orgulhosamente as camisas oficiais do Corinthians já com o patrocinador atual. Pelo menos mostraram como a presença do clube no Mundial ajudou o alvinegro a vender camisas do outro lado do mundo.

E a empolgação dos japoneses mais jovens com a maneira de torcer da Fiel mostra um erro de avaliação de Luis Paulo Rosenberg. O vice-presidente corintiano avaliou que o mercado chinês era mais fértil para o Corinthians. Em sua opinião, o jeito organizado e tradicional do japonês não combina com o "corintianismo".

A prática, porém, mostrou que o Corinthians pode ainda tirar muito do mercado japonês. E que quem tem um time competitivo não precisa de Zizao ou de outros negócios da China para fazer fama internacional.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.