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Após queda, Palmeiras traz 2 atletas em período maior do que Corinthians levou para montar time de 2008

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03/01/2013 13h07

Eleição definirá futuro de Kleina

Quarenta e sete dias após cair para Série B, o Palmeiras só anunciou as contratações de Fernando Prass e Ayrton. Rebaixado em 2007, o rival Corinthians levou menos de 40 dias para contratar 11 jogadores e desenhar sua ressureição.

A comparação entre a reação dos dois times à queda mostra um enorme abismo. O Corinthians caiu em 2 de dezembro. No dia seguinte, a diretoria confirmou as chegadas de Rafinha e Lima, embora a dupla não tenha vingado.

Já o alviverde levou 18 dias após o rebaixamento para chegar a duas contratações. E está estagnado nessa marca.

 O técnico Gilson Kleina cobra reforços, mas nem tem certeza de que comandará o time. Vai depender da vontade do próximo presidente, que será eleito só no dia 21 de janeiro. Essa é outra diferença em relação ao renascimento corintiano. Dois dias após o time despencar para a Segunda Divisão, o treinador Mano Menezes foi contratado.

Em 9 de janeiro de 2008, 38 dias depois do rebaixamento, Mano já tinha como novos jogadores Alessandro, Chicão, Cristian Suárez, Valença, William, Marcel, Rafinha, Lima, Acosta, Perdigão e Herrera.

Hoje, mais de 40 dias após a nova tragédia palmeirense, Kleina tem que se contentar com as explicações do presidente Arnaldo Tirone de que não vai contratar mais ninguém até eleição. Ele tomou a decisão depois de o Conselho de Orientação e Fiscalização do clube pedir garantias de que o Palmeiras tem como pagar pelos reforços.

O cenário político alviverde também é bem diferente daquele vivido pelo Corinthians na queda. Em outubro de 2007, antes se ser consumada a tragédia no Brasileirão, Andrés Sanchez foi eleito para um mandato tampão até o início de 2009. Assim, a reformulação alvinegra não precisou esperar.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.