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Controlar lado torcedor e "domar" Mustafá Contursi são desafios de novo presidente do Palmeiras

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21/01/2013 23h07

Eleito presidente do Palmeiras, Paulo Nobre terá como um de tantos desafios controlar o seu lado torcedor. Ao contrário de Arnaldo Tirone, mais frio, o novo dirigente é fanático pelo time. Nesse ponto, o risco é repetir Luiz Gonzaga Belluzzo, que com o coração contratou Vágner Love, Valdivia e Felipão. Raspou o cofre e conseguiu poucos resultados.

Pelo menos no discurso, Nobre parece ter o antídoto para evitar que a paixão atrapalhe: contratar um profissional altamente qualificado para tocar o futebol.

O novo cartola também terá de ser hábil no trato com o pelotão de Mustafá Contursi. O ex-presidente foi seu importante aliado na eleição, como fora de Tirone. O antecessor, porém, perdeu o apoio antes mesmo de esquentar a cadeira e passou a viver num campo minado. Não há indícios de que a aliança entre Mustafá e Nobre seja mais forte do que a anterior.

No futebol, o primeiro obstáculo é sair da saia-justa chamada Riquelme. A diretoria anterior diz ter um contrato prontinho para ser assinado com o argentino. E afirma contar com a promessa de Nobre de que colocará sua assinatura no documento, se Gilson Kleina der o aval.

 Porém, o time necessita muito mais do que um maestro veterano. O treinador certamente espera por um pacote de reforços. E Nobre precisará se virar sem dinheiro em caixa. Entre R$ 60 milhões e R$ 88 milhões da receitas de 2013 já foram antecipados pela antiga diretoria. Isso de um total de aproximadamente R$ 150 milhões.

Os cem primeiros dias prometem ser sufocantes. Ao mesmo tempo em que precisará reforçar a equipe, o presidente terá compromissos no valor de R$ 80 milhões para honrar.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

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