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Grupo de ex-presidente do Palmeiras quer demissões de desafetos e já se irrita com Paulo Nobre

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30/01/2013 11h05

O grupo de conselheiros liderados por Mustafá Contursi já se irritou com o novo presidente do Palmeiras. A queixa é de que Paulo Nobre ainda não demitiu três funcionários que sobrevivem no clube desde a gestão de Affonso Della Monica. Dois deles atuam na assessoria de imprensa. O outro cuida de dados históricos. O trio é considerado desafeto do ex-dirigente.

O ex-presidente Arnaldo Tirone começou a ter problemas políticos para administrar o clube justamente por manter gente que a turma de Musafá queria no olho da rua. O ex-presidente passou a fazer oposição, alegando que Tirone se distanciou das metas estabelecidas durante a campanha.

Agora há o risco de o mesmo acontecer com Nobre. Durante a campanha, Mustafá não pediu diretamente as demissões. Mas seus aliados deixaram clara a exigência. Por sua vez, o atual presidente tem dito que todos os funcionários estão sendo avaliados.

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O caso tem potencial para atingir o departamento de futebol, onde trabalham os dois assessores jurados pelo grupo do ex-presidente. Na administração anterior, Roberto Frizzo bancou a permanência da dupla. Desde então, o vice de futebol ficou sob fogo cerrado dos "mustafistas". Tirone não conseguiu blindar o vestiário dos disparos.

Entre os colaboradores de Nobre há quem defenda a permanência dos funcionários como um sinal de que o grupo do ex-presidente não mandará no clube, apesar do apoio dado durante a campanha eleitoral. Também argumentam que a assessoria de imprensa do clube foi premiada como a melhor em 2012 pela Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo.

Outra ala acredita que o melhor é sacramentar as demissões para evitar  confusão.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.