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Pressionado, Governo Federal cobra empresas por descontos, mas não paga estruturas provisórias da Copa das Confederações

Perrone

29/01/2013 06h00

Às vésperas da Copa das Confederações, um violento jogo de empurra envolve os gastos com estruturas provisórias exigidas pela Fifa para o torneio.

Os Governos Estaduais tentam empurrar a conta para a esfera federal, que, por sua vez, cobra fornecedores para reduzirem os preços. Já a Federação Internacional grita que não vai admitir atrasos.

Os Estados e prefeituras, que se comprometeram por escrito a bancar as despesas, falam em gastos superiores a R$ 50 milhões por sede com itens provisórios só na Copa das Confederações. Ameaçam não colocar a mão no bolso por considerarem exagerados os pedidos da Fifa. Cientes do momento delicado, os fornecedores estariam enfiando a faca.

A pressão deu resultado, e o Ministério do Esporte organizou uma reunião com empresas e representantes das sedes. O encontro se transformou numa tentativa do Governo Federal de convencer os fornecedores a reduzirem os preços. Até agora não deu certo.

Prefeituras e Governos Estaduais alegam também que muitos dos materiais não terão serventia para eles após os dois torneios. Só o Governo Federal poderia aproveitar esses equipamentos. Então, seria justo assumir os gastos.

As estruturas provisórias são aquelas que não serão usadas no estádio após as duas competições. Como salas para convidados da Fifa e áreas  de imprensa maiores do que as normalmente usadas. Uma das queixas é de que são exigidos carros elétricos para transporte de pessoas até em trajetos que poderiam ser feitos a pé.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.