Tirone deixa conta de R$ 16,3 milhões da compra de Wesley para sucessor pagar
Quem vencer a eleição desta noite no Palmeiras terá uma série de dívidas feitas pelo antecessor, Arnaldo Tirone, para pagar. Uma das maiores contas que sobrarão para Décio Perin ou Paulo Nobre é o pagamento dos direitos econômicos de Wesley.
A atual diretoria parcelou a compra, no valor de cerca de 6 milhões de euros (R$ 16,3 milhões), em três prestações. E a primeira só vence em junho deste ano.
A dívida é resultado daquela operação feita por uma empresa para arrecadar junto à torcida os milhões necessários para a compra. A campanha levantou apenas cerca de R$ 800 mil, que nem acabaram sendo cobrados pelo clube. Foi só uma das ações desastrosas que marcaram a administração de Tirone, campeão da Copa do Brasil. Confira outras atitudes do cartola que deram o que falar:
Maikon Leite – Com medo de o Santos pagar a multa prevista no pré-contrato feito por seus antecessores com o atacante, Tirone fez um novo acordo. Aumentou o salário prometido ao jogador e ofereceu mais cerca de R$ 1,5 milhão de luvas.
Tietagem – Após vitória do Palmeiras sobre o Santos, na Vila Belmiro, o presidente palmeirense foi para o CT alvinegro, onde parte dos jogadores tinha deixado seus carros. Obteve permissão para entrar numa área reservada com seu filho e amigos do jovem que queriam autógrafos de um rival: Neymar.
Demissão fantasma – Por mais de uma vez, anunciou a seus colaboradores que afastaria o vice Roberto Frizzo do futebol. Chegou a fritar o cartola publicamente, mas seguiu com ele até o fim.
Voto caipira – Em reunião na Federação Paulista, provavelmente distraído, votou junto com os times do interior que queriam renda dividida nos mata-matas da competição. Deu a vitória aos pequenos. Os grandes defendiam 60% da renda para os vencedores dos jogos.
Mão no fogo – Autorizou a entrega de cópias de contratos de marketing do clube para uma profissional que prometeu apresentar um projeto para o Palmeiras. Ela acabou sendo acusada de usar os documentos como garantia para levantar dinheiro com investidores e de não ter quitado a dívida. Nada de projeto.
Cadeira vazia – Não apareceu na reunião do Conselho Técnico do Campeonato Paulista. Frizzo também não participou do encontro.
Cancelado – O Palmeiras receberia uma homenagem pelo título da Copa do Brasil na festa de encerramento do Brasileirão. Os organizadores cancelaram a ação alegando que o presidente do clube não chegou com a antecedência necessária. Tirone, por sua vez nega. Diz que chegou cedo e ficou até o fim do evento.
Quem manda? No auge da fritura de César Sampaio, enviou o funcionário Marcos Bagatela para acertar a contratação de Gilson Kleina. Depois da contratação, o interlocutor mudou. Passou a ser Sampaio, que voltou a se entender com o presidente. Kleina não deve ter entendido nada.
Pé na areia – Um dia após o rebaixamento do time para a Série B, foi fotografado pela revista Veja na praia do Leblon, no Rio. Chegou a negar em entrevista que estivesse lá, depois admitiu o passeio.
Barbeiragem – Se recusou a receber diante das câmeras carro da Chevrolet, patrocinadora do Paulistão, e concorrente da Kia, parceira alviverde. Mais tarde, retirou o veículo. Estava no banco de passageiros, enquanto um de seus diretores assumiu o volante. O motorista bateu o automóvel antes de sair do estacionamento.
Saideira – A três dias do final de seu mandato foi para a Argentina apresentar uma proposta para Riquelme. O contrato está sendo redigido e deve ser entregue para seu sucessor decidir o que faz.
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