Fim de salário para Teixeira, estátua de Zagallo e viagem da seleção ajudam CBF a amansar oposição
A CBF começou o ano com uma agenda eficiente em termos de amansar opositores. Nesta segunda, no canal pago Sportv, José Maria Marin anunciou que Ricardo Teixeira pediu no último dia 31 para se desligar da entidade. Numa tacada só, o anúncio acalma Juvenal Juvêncio e Romário.
O presidente são-paulino vinha cobrando publicamente o fim do salário a Teixeira, até então consultor da CBF. Seria uma temeridade deixar Juvenal frequentar a fronteira da oposição, que já tem um nome de peso como Andrés Sanchez.
O fim do pagamento de R$ 120 mil mensais a Teixeira também tira um dos itens da pauta da CPI da CBF pedida por Romário.
No mesmo dia, o presidente da CBF confirmou que a entidade bancará os custos de uma estátua para Zagallo no Engenhão. Ex-treinador e ex-jogador da seleção, ele foi também candidato á vice-presidência da CBF, a pedido da Federação do Rio de Janeiro. Mas, desistiu da ideia, abrindo caminho para Marco Polo Del Nero, mentor de Marin, ser eleito para a vaga.
Os anúncios foram feitos em Londres, onde a seleção que enfrentará a Inglaterra é chefiada por Ednaldo Rodrigues, presidente da Federação Baiana. O cartola era um dos líderes da oposição no início da administração de Marin.
Recentemente, o dirigente da CBF também se encontrou com Lula, sem precisar da ajuda Andrés, minimizando a importância do opositor como interlocutor junto ao Governo Federal.
Nesse ritmo, Marin sua o paletó para deixar pavimentado o caminho de Del Nero como seu sucessor. A eleição acontece em 2014. Merece até uma medalha.
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