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Itamaraty vê tratamento digno a corintianos e legalidade em prisões, apesar de torcedores protestarem

Perrone

23/02/2013 14h00

Apesar das queixas dos corintianos detidos na Bolívia, o Itamaraty avalia que o grupo recebe tratamento adequado por parte da polícia. E não vê irregularidades na prisão dos 12 torcedores suspeitos de envolvimento  na morte de Kevin Douglas Beltran.

Em entrevistas, os detidos chiaram. Entre outras queixas, falaram estar sem poder tomar banho. O Itamaraty providenciou produtos de higiene pessoal e cobertores, pois os brasileiros diziam passar frio.

Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, no entanto, os policiais dispensam um tratamento digno aos corintianos, levando-se em conta que não se trata de uma estadia em hotel.

Corintianos com cobertores dados pelo Itamaraty

Um advogado do Itamaraty acompanha o caso. Ele atua apenas como um observador, pois não pode assinar papéis ou tomar decisões. Os brasileiros têm um defensor boliviano.

Os detidos protestam também contra a suposta falta de provas para as prisões. Alegam, por exemplo, que 12 pessoas não podem ser culpadas pelo disparo de um sinalizador. Porém, conforme a assessoria do Itamaraty, não houve abuso nas detenções.

Funeral de Kevin Douglas

Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, o Itamaraty resolveu acompanhar o caso por conta da comoção provocada pelo episódio em Oruro. Ninguém acionou o órgão, foi uma decisão espontânea. A versão contraria comentários informais no Parque São Jorge e na Gaviões da Fiel de que o ex-presidente Lula teria pedido a interferência do Itamaraty.

Todo cidadão brasileiro tem direito à assistência gratuita recebida pelos corintianos por parte do governo. O Itamaraty é sempre comunicado pelas autoridades estrangeiras sobre a prisão de brasileiros. Se julgar conveniente ou se receber pedido de auxílio envia imediatamente um representante. Além disso, faz acompanhamentos periódicos de todos os casos.

Sobre o Autor

Ricardo Perrone é formado em jornalismo pela PUC-SP, em 1991, cobriu como enviado quatro Copas do Mundo, entre 2006 e 2018. Iniciou a carreira nas redações dos jornais Gazeta de Pinheiros e A Gazeta Esportiva, além de atuar como repórter esportivo da Rádio ABC, de Santo André. De 1993 a 1997, foi repórter da Folha Ribeirão, de onde saiu para trabalhar na editoria de esporte do jornal Notícias Populares. Em 2000, transferiu-se para a Folha de S.Paulo. Foi repórter da editoria de esporte e editor da coluna Painel FC. Entre maio de 2009 e agosto de 2010 foi um dos editores da Revista Placar.

Sobre o Blog

Prioriza a informação que está longe do alcance das câmeras e microfones. Busca antecipar discussões e decisões tomadas por dirigentes, empresários, jogadores e políticos envolvidos com o futebol brasileiro.