Itamaraty vê tratamento digno a corintianos e legalidade em prisões, apesar de torcedores protestarem
Apesar das queixas dos corintianos detidos na Bolívia, o Itamaraty avalia que o grupo recebe tratamento adequado por parte da polícia. E não vê irregularidades na prisão dos 12 torcedores suspeitos de envolvimento na morte de Kevin Douglas Beltran.
Em entrevistas, os detidos chiaram. Entre outras queixas, falaram estar sem poder tomar banho. O Itamaraty providenciou produtos de higiene pessoal e cobertores, pois os brasileiros diziam passar frio.
Segundo a assessoria de imprensa do Itamaraty, no entanto, os policiais dispensam um tratamento digno aos corintianos, levando-se em conta que não se trata de uma estadia em hotel.
Um advogado do Itamaraty acompanha o caso. Ele atua apenas como um observador, pois não pode assinar papéis ou tomar decisões. Os brasileiros têm um defensor boliviano.
Os detidos protestam também contra a suposta falta de provas para as prisões. Alegam, por exemplo, que 12 pessoas não podem ser culpadas pelo disparo de um sinalizador. Porém, conforme a assessoria do Itamaraty, não houve abuso nas detenções.
Ainda de acordo com a assessoria de imprensa, o Itamaraty resolveu acompanhar o caso por conta da comoção provocada pelo episódio em Oruro. Ninguém acionou o órgão, foi uma decisão espontânea. A versão contraria comentários informais no Parque São Jorge e na Gaviões da Fiel de que o ex-presidente Lula teria pedido a interferência do Itamaraty.
Todo cidadão brasileiro tem direito à assistência gratuita recebida pelos corintianos por parte do governo. O Itamaraty é sempre comunicado pelas autoridades estrangeiras sobre a prisão de brasileiros. Se julgar conveniente ou se receber pedido de auxílio envia imediatamente um representante. Além disso, faz acompanhamentos periódicos de todos os casos.
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